“Sou Fausto Egídio, natural de Florianópolis, servidor público estadual. Desde a época de Marinha, com 18 anos já treinava corridas, que chamávamos de Cooper. Como residia próximo da Beira Mar Norte se tornava mais fácil, bastava tênis, camiseta e calção e sair correndo. Não era habitual como atualmente ver pessoas treinando, muitos me achavam “doido”, já que o esporte que a maioria praticava era o futebol, não me preocupava com o que diziam ou pensavam, seguia com meus treinos.
Depois de um tempo casei e fui morar no norte da ilha. Os treinos continuaram naquela região. Quem é atleta sabe, quando não treinamos até nosso humor muda. No ano de 2010 minha esposa passou num concurso na cidade de Brusque-SC e nos mudamos para lá. Continuei com minha rotina de treinos, eu era um dos poucos “doidos”, que corriam nas ruas da cidade. Como trabalho até hoje em escala de plantões, era praticamente o único que corria no meio da tarde.
No ano seguinte, a imprensa local noticiou que ocorreria a meia maratona de aniversário da cidade, que também tinha as distâncias alternativas de 5 e 10km. Minha mulher me incentivou a me inscrever, mas como era leigo, nunca tinha participado de uma prova, achava que tinha que ser federado ou ranqueado. Ela pesquisou e viu que seria um evento aberto a todos, com um preço bem camarada.
Fiz a inscrição para os 10 km. Fiquei muito ansioso, costumava treinar essa distância, mas mesmo assim achava que não ia conseguir. Quando chegou o dia, observava os atletas se alongando e aquecendo, não tinha noção e conhecimento de nada daquilo. Como treinava sozinho, só calçava os tênis e saia correndo. Veio um atleta, que me abordou e convidou para aquecer, o cara dava vários piques, acompanhei em alguns, depois desisti, preocupado que o cansaço poderia bater e atrapalhar o meu desempenho na prova, já que estava vindo de um plantão de 24h em Florianópolis.
Estava sozinho, chovia e o local da prova ficava antes da minha casa. Não conhecia ninguém, não tinha amizades na cidade e nem de corridas, tudo muito estranho, ficava inseguro com tudo. Deu a largada, como a maioria dos iniciantes, sai forte, depois me toquei e baixei o ritmo. Tudo transcorreu muito bem, cheguei com saúde, assisti ao término da corrida e a entrega das premiações.
Depois da prova encontrei o atleta que me convidou para o aquecimento, ele estava de bicicleta e atrasado para um compromisso familiar na cidade vizinha de Guabiruba. Ofereci carona e deixei ele em casa. Trocamos contatos, foi a primeira amizade que fiz nas corridas, depois daquele dia, fizemos vários treinos e viajamos para várias provas, depois vieram várias outras amizades.
Após esses 10 km, comecei a me inscrever em todas as provas possíveis, coisa que a maioria dos corredores iniciantes fazem. Depois de um tempo de corrida, percebi que muitos atletas que participavam das corridas, aguardavam pela premiação e logo se deslocavam para suas residências. Muitos disputavam ferrenhamente por troféus, enquanto isso eu brincava, conversava, tirava fotos, pois para mim corrida não era só aquilo, vou para a prova com mulher e filho, muitas vezes vamos antes para a cidade, fazemos turismo, dividimos mesas de restaurantes com outros amigos corredores e seus familiares.
A partir disso, veio a ideia de criar um blog para fazer feedbacks das corridas, relatava tudo, do preço da inscrição até o pós prova, colocava fotos, achava que era o único blogueiro de corridas, depois descobri que tinha muitos outros no país, alguns até de Santa Catarina. A hospedagem do blog fechou, fiquei “órfão” e criei então a Confraria das Corridas, com site e todas as redes sociais. Comecei a fazer sorteios de inscrições e produtos oferecidos por apoiadores, as organizadores de corridas foram comprando a ideia, aparecem também as lives , com sorteios, convidados, batemos um papo com os corredores, interagindo, a partir de seus comentários. Tudo isso veio, da insatisfação, por achar que corrida não é somente correr e ir embora.
Como todo bom corredor, tenho várias manias, começando com vários numerais de peito guardados, todos os possíveis. A camiseta da minha primeira São Silvestre está moldurada num quadro, tenho planilha das provas com os desempenhos e todas as outras informações, fotos de todas as corridas em pastinhas, tudo no computador e num HD externo. Minhas medalhas e troféus são todos etiquetados com o número da corrida que participei, com esse número, nos arquivos consigo visualizar todas as informações das provas, tudo isso que faço dá muito trabalho, mas é muito gratificante, prazeroso e me deixa muito feliz.
Quem tiver interesse em conhecer a Confraria das Corridas, pode ficar à vontade, somos uma plataforma de divulgação de: corridas, assessorias, produtos, serviços, profissionais, etc. Todos voltados para nosso esporte.
Site: www.confrariadascorridas.com.br
E-mail: contato@confrariadascorridas.com.br
Facebook: Confraria das Corridas
Instagram: @confrariadascorridas
Canal no Youtube: Confraria das Corridas
WhatsApp (48) 991158583
Grande abraço a todos, saúde e paz!
2020 ® Confraria das Corridas